A arte de brincar

O que toda criança mais gosta de fazer é brincar. É através das brincadeiras que ela aprende a compreender melhor o mundo adulto, por isso decidi unir o prazer de brincar com o conhecimento de Arte.

Utilizei duas obras de Arte com o tema de brincadeiras: “Roda” de Milton da Costa e “Meninos soltando pipa” de Candido Portinari.

Fonte: http://ymy.blogs.sapo.pt/

Fonte http://www.portinari.org.br/candinho/candinho/gen_1.pl-BR+exact+OA-3320+GT-02++.htm

Primeiramente os alunos tiveram a oportunidade de apreciar as obras, cada qual em seu momento, observando como a pintura foi feita: como, com quê, quais cores, título, qual a brincadeira, etc., para que percebessem a pintura de fundo que deve ser o primeiro passo nas produções.

Contudo, antes de iniciar as produções foi oportunizado um momento para vivenciar as brincadeiras de roda resgatando um pouco da nossa cultura com cantigas como “Ciranda-cirandinha”, “Fui ao Itororó”, entre outras.

E na brincadeira de soltar pipa a criança teve que aprender a confeccionar o próprio brinquedo. Os alunos confeccionaram a capucheta que é um tipo de pipa mais simples e comum em nossa região. Depois em local adequado, puderam se divertir brincando de soltar pipa (capucheta). A brincadeira foi fotografada para que esse registro fosse utilizado posteriormente.

A partir dessas vivências o trabalho artístico se desenvolveu com maior prazer. Os alunos realizaram o desenho de memória da brincadeira de roda utilizando interferências de bonequinhos sobre o fundo previamente preparado com tinta guache e rolinho.

E também desenho de observação das fotos da brincadeira de soltar pipa (capucheta) com interferência de papéis coloridos em formato de pipa, seguindo os mesmos encaminhamentos de preparação de fundo.

Dessa maneira, os alunos produziram trabalhos de Arte relativos a brincadeiras utilizando estratégias atrativas que ampliam o conhecimento de mundo e de cultura.

Modelagem

A modelagem é uma excelente modalidade artística para desenvolver o controle sensorial e motor, a imaginação criadora da criança, possibilitando fazer e desfazer seu trabalho quantas vezes quiser.

A argila é um material que não é usado com freqüência na educação infantil, mas muito gratificante para a criança por satisfazer aquele gostinho de brincar com coisas “sujas”, fazer “meleca”. Ao modelar a criança descarrega a tensão, permite relaxar e explorar a criatividade.

Quando propus a atividade os alunos ficaram entusiasmados e atraídos pela novidade. Deixei que eles sentissem a textura e as possibilidades da argila, apenas pelo prazer, exploração e familiarização com o material. Depois sugeri que modelassem algo definitivo que depois de seco seria pintado para levar para casa. E assim fizeram.

Alguns alunos modelaram livremente, outros utilizaram o recurso da forminha com figuras. Depois de secas as obras de arte, os alunos pintaram utilizando tinta guache.

 

Jogos de olhar

A apreciação alimenta o fazer artístico das crianças, permite ampliar o repertório de imagens e assim dar suporte ao percurso criador. Os jogos de olhar são ricos instrumentos de apreciação que as crianças fazem brincando.

O jogo que as crianças estão utilizando é o jogo de memória com produções do artista Aldemir Martins.

Outro excelente recurso que lancei mão para desenvolver a habilidade de observação dos meus alunos foi o jogo de dominó. Este é com obras de Romero Brito que permitiu, além de tudo, complementar os estudos sobre preenchimento, pois o artista oferece novas possibilidades de preencher e assim ampliar o conhecimento.





Diferentes possibilidades do desenho

A criança desde muito pequena já desenvolve atividades artísticas. Desenha, pinta, constrói esculturas de areia, canta, dança, etc. Ela também tem acesso às manifestações artísticas através da TV, da comunidade, da arte de rua. Cabe à escola o papel de ampliar o contato com essas expressões artísticas. É importante proporcionar momentos de apreciação e também do fazer artístico criador para que a criança tenha oportunidade de construir seu percurso criador.

 Nesse processo de aprendizagem ela traça um percurso de criação que envolve escolhas pessoais, experiências, relação com os materiais. É pensando nesse aspecto que realizei várias atividades da linguagem do desenho, utilizando diversos materiais gráficos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão. Socializo com vocês um pouco dessas produções artísticas infantis.

Desenho com o suporte na parede

Desenho com o suporte no chão

Desenho com o suporte na mesa

Desenho na areia com palitos

Desenho com carvão no pátio da escola

DESENHO COM PREENCHIMENTO

Os alunos no início do 2º semestre já fizeram um trabalho de preenchimento do desenho com massa de cor e agora experimentam preencher seus desenhos utilizando linhas. Estão aprendendo a respeitar os limites do contorno fazendo uso de uma ou mais cores dentro do mesmo espaço.

Na atividade a seguir as crianças realizaram um trabalho com barbante fazendo preenchimento de diferentes tipos. Primeiramente exploraram as possibilidades do barbante e depois colaram conforme o desejo de cada um dos alunos. Depois de seco o barbante, os alunos iniciaram o preenchimento utilizando caneta hidrocor.

Outra etapa do trabalho foi primeiro fazer o desenho com canetas coloridas e posteriormente preencher com a caneta de ponta porosa preta que permite traçados finos e delicados e que os alunos já tiveram oportunidade de manusear em outras atividades.

E ainda fizeram o contrário da atividade anterior realizando desenho com caneta preta e depois preenchendo com caneta colorida para conhecer, observar e experimentar os diversos efeitos finais da atividade. As crianças mostram-se bastante empolgadas com os resultados, pois no início do ano não tinham o hábito de desenhar com um propósito e muito menos dedicar atenção, observar obras de arte e realizar as atividades com gosto e capricho como tem ocorrido com este trabalho.